Goiânia (GO), junho de 2025 – Em uma temporada imperdível, Goiânia recebe nos dias 19 e 20 de julho (sábado e domingo), no Teatro Goiânia, o retorno de um dos espetáculos mais indagadores da trajetória da Quasar Cia de Dança. Em “Menos da Metade”, o grupo goiano — reconhecido nacional e internacionalmente por sua linguagem singular na dança contemporânea — faz de seu corpo artístico um grito poético em defesa do Cerrado. As apresentações ocorrem no sábado às 20h e domingo às 19h.
A obra tem 70 minutos de duração e é classificada como livre para todos os públicos. Os ingressos já estão disponíveis para compra pela plataforma Sympla (link na bio do IG @quasarciadedanca), com valores de R$50 e R$100 (meia/social e inteira plateia superior) e R$70 e 140 (meia/social e inteira plateia inferior). A meia-entrada social pode ser obtida mediante doação de 1kg de alimento não perecível, exceto sal e fubá — as doações serão encaminhadas para a OVG. As vendas presenciais ocorrerão somente nos dias das apresentações, com pagamentos via PIX.
Presente exclusivo: Quem adquirir os primeiros 50 ingressos para plateia inferior de sábado e os primeiros 50 ingressos para plateia inferior de domingo, entre os dias 1º e 4 de julho, ainda garante um exemplar do livro “Quasar Cia de Dança – 34 anos”, publicação inédita que reúne textos, imagens e depoimentos sobre as mais de três décadas de história da companhia.
Em cena, a força do Cerrado
Criado em 2023 para celebrar os 35 anos da companhia, o espetáculo marca uma guinada temática do coreógrafo Henrique Rodovalho, que deixa de lado seus temas existenciais e humanos para mergulhar nas urgências ambientais. A pauta: o desaparecimento acelerado do bioma Cerrado, que já perdeu mais da metade de sua vegetação nativa. O resultado: uma obra que é paisagem, raiz, vento, poeira — um “grito silencioso” que convoca o público a sentir em si a urgência da preservação.
“O espetáculo é uma tentativa de fazer o público sentir o Cerrado no corpo — suas texturas, seus cheiros, sua resistência, sua fragilidade. A destruição do nosso bioma não é só ambiental, é também existencial. Precisamos falar sobre isso, mesmo que doa”, diz Rodovalho.
Dança como paisagem, raiz e resistência
Com trilha sonora original, cenografia sensorial e um elenco de bailarinos goianos em plena maturidade cênica, “Menos da Metade” carrega o DNA da Quasar: precisão técnica, gestualidade autoral e profundo apelo emocional. A luz — também assinada por Rodovalho — acompanha as estações do bioma, revelando a beleza e o desespero de uma natureza que ainda pulsa, mas pede socorro.
O espetáculo conta com figurinos de Cássio Brasil, cenário de Marcus Camargo e trilha composta por Luiz Fernando Clímaco e Henrique Reis, entre outras colaborações que ampliam a experiência sensorial do público. Sons do cerrado, percussões e as vozes femininas de Cláudia Vieira e Grace Carvalho evocam uma memória ancestral e contemporânea ao mesmo tempo.
Mais do que performance, a obra é um manifesto. Um corpo coletivo que dança não só para ser apreciado, mas para mobilizar, emocionar e transformar.
A arte como resistência
A Quasar prova, mais uma vez, que sua longevidade não está apenas na permanência, mas na reinvenção. “Menos da Metade” é o primeiro trabalho da companhia diretamente ligado às causas ambientais — e vem em um momento crítico, em que o debate sobre sustentabilidade, clima e território não pode mais ser adiado.
“Estamos vivendo temperaturas extremas, secas e enchentes em escala inédita. O Cerrado é o berço das águas do Brasil e está sendo destruído. Como artistas, é nosso papel reagir. Esse espetáculo é nossa maneira de resistir”, afirma Rodovalho.
Ficha Técnica:
Direção da Cia: Vera Bicalho
Direção Artística, criação coreográfica e desenho de luz: Henrique Rodovalho
Elenco: Gabriel Bernardo Nogueira, Iago Gabriel, Lucas Rodrigues, Luiza Scalabrini, Marcella Landeiro, Murilo Heindrich, Thaís Kuwae e Wanessa Paula.
Assistente de coreografia e professora de balé clássico: Tassiana Stacciarini
Cenário e identidade visual: Marcus Camargo - Tapeçaria: Decoralle Tapetes
Criação do figurino: Cássio Brasil -Assistente de Figurinista: Marina Cunha e Laura Linhares
Diretor Técnico e Operação de luz: Sérgio Galvão
Cenotécnico: Pio Alves
Trilha sonora: Luiz Clímaco e Henrique Reis - Cantoras: Cláudia Vieira e Grace Carvalho
Narração do texto jornalístico: Luiz Clímaco
Fonte do texto: Paloma Guitarrara
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/desmatamento-cerrado.htm
Coordenação de produção: Vera Bicalho
Produção Executiva: Giselle Carvalho
Produtor associado: Arte Brasil Projetos Socioculturais
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