A Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês) publicou em abril a edição de 2025 do Atlas global da doença, que é causada pela baixa produção ou má absorção de insulina. O levantamento revela que 589 milhões de pessoas de 20 a 79 anos apresentam o problema de saúde no planeta, 16,6 milhões delas no Brasil. Com esse montante, o país ocupa a sexta posição no ranking mundial de números de casos, atrás apenas de China, Índia, China, EUA, Paquistão e Indonésia.
Muitas pessoas não sabem, mas o diabetes pode provocar problemas na visão, o que é bom lembrar neste Dia Nacional do Diabetes, em 26 de junho. De acordo com o Ministério da Saúde, a Retinopatia Diabética (RD) é uma das complicações mais frequentes e está entre as principais causas de cegueira em adultos de 20 a 75 anos. Após 20 anos convivendo com a doença, a probabilidade de desenvolver RD chega a 90% entre pessoas com diabetes tipo 1 e 60% nos casos de tipo 2.
“A retinopatia diabética é uma doença em que os vasos sanguíneos da retina, camada que detecta a luz no fundo do olho, sofrem danos devido ao excesso de glicose no sangue. Isso pode causar vazamentos de fluidos ou sangramentos, afetando a visão e, em estágios mais graves, levando à cegueira”, explica a diretora da Sociedade Goiana de Oftalmologia (SGO) Luciana Barbosa Carneiro.
Diabetes descontrolada
O risco de complicações oculares é maior em pessoas com diabetes descontrolada, hipertensão ou histórico prolongado da doença. Estilos de vida inadequados, como sedentarismo e consumo excessivo de açúcares, também são fatores contribuintes. “Manter níveis adequados de glicose e pressão arterial é essencial para prevenir danos aos olhos”, alerta a oftalmologia.
A Retinopatia Diabética evolui por estágios, desde a fase inicial não proliferativa, caracterizada por danos leves nos vasos sanguíneos, até a fase proliferativa, em que vasos anormais crescem de forma desordenada, podendo provocar hemorragias severas. Outras complicações comuns em pessoas com diabetes incluem o edema macular diabético, que causa inchaço da retina, e a catarata, que opacifica o cristalino.
Exames oftalmológicos regulares são igualmente fundamentais. “Recomenda-se uma avaliação completa da retina pelo menos uma vez ao ano, mesmo sem sintomas, já que problemas oculares podem ser silenciosos nas fases iniciais”, orienta Luciana Barbosa. Exames como retinografia e tomografia de coerência óptica (OCT) permitem detectar alterações precocemente, aumentando as chances de intervenções eficazes.
Diretora da SGO, Luciana Barbosa Carneiro, explica sobre a retinopatia diabética, uma das doenças que quem possui diabetes pode desenvolver / Arquivo pessoal
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