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Aparecida de Goiânia em Foco

Nesta semana, o Festival Curta Aparecida transforma Aparecida de Goiânia em vitrine do cinema nacional e internacional

13/05/2025 09h54
Por: Redação Fonte: Lumieira Comunicação
Aparecida de Goiânia em Foco

Mostra de filmes será realizada na Escola do Futuro Luiz Rassi, no Jardim Buriti Sereno, enquanto as oficinas serão ministradas em três escolas públicas e pontos de cultura

Nesta semana, o Festival Curta Aparecida transforma Aparecida de Goiânia em vitrine do cinema nacional e internacional

O cinema vai invadir Aparecida de Goiânia, de forma vibrante, democrática e gratuita. Nos dias 14, 15 e 16 de maio, o “Festival Curta Aparecida” chega para iluminar a periferia com uma mostra não competitiva e com o real propósito de promover encontros entre realizadores, programadores e público de cinema e audiovisual. O Jardim Buriti Sereno não foi escolhido por acaso. O setor é o maior bairro periférico da América Latina em extensão geográfica, e por isso mesmo merece esse olhar mais atento das políticas públicas de urbanização, educação e cultura. Atrair esse olhar, é um dos motivos que nos fazem levar o Curta Aparecida até essa região do município. 

E a organização do evento promete chegar nesse lugar e nessas pessoas com telas, ideias, histórias e encontros, reunindo realizadores, programadores e o público em uma grande celebração do audiovisual. O evento tem a realização do Ponto de Cultura Justina e conta com recursos da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal, através do  Edital de Seleção Pública nº 06/2023 - CINEMA E AUDIOVISUAL, operacionalizado pela Secretaria Municipal de Cultura de Aparecida de Goiânia.

Mais do que exibir filmes, o Curta Aparecida aposta em conexões reais entre arte e território. O festival propõe uma imersão em narrativas locais, nacionais e internacionais que ressoam com o cotidiano e as lutas das comunidades.

De acordo com Pablo Lopes, organizador da Mostra, houve mais de 400 inscrições de obras audiovisuais, de todas as regiões do país, algo que surpreendeu inclusive os curadores, pelo fato de se tratar de uma primeira edição do evento. Sobre isso, o produtor ressalta que isso demonstra que o Festival já conta com uma projeção nacional, como um novo espaço voltado pro cinema.

Cinema com identidade

Dividido em três mostras – Mostra Aparecida, Mostra Documentário e Mostra Animações –, o festival oferece uma janela para olhares plurais. A Mostra Aparecida, por exemplo, exibe produções realizadas com recursos da Lei Paulo Gustavo em Aparecida de Goiânia, contemplando também a projeção de médias-metragens e demais produtos audiovisuais do edital 06/2023, valorizando a criatividade local e os frutos de políticas públicas de fomento à cultura.

Já os documentários e animações trazem um panorama da produção independente brasileira com destaque para obras potentes como “Confluências” (PI), que mergulha nas cosmologias quilombolas com a poesia de Nêgo Bispo; “Luis” (MA), um retrato comovente e bem-humorado do cotidiano nas periferias brasileiras; e “Terrão – Paixão pela Várzea” (GO), que celebra a alma do futebol de várzea goiano.

Cultura em movimento

O Curta Aparecida não se limita à exibição de filmes. Ele se expande como projeto formativo, social e político. Por meio de oficinas e encontros, busca fortalecer a base cultural do município, formando professores, mobilizando estudantes e reacendendo o movimento cineclubista.

A proposta “Stop Motion em sala de aula: narrativas em movimento” capacita docentes de três escolas públicas a usarem o celular como ferramenta criativa e pedagógica. A ideia é que esses professores se tornem multiplicadores do cinema em suas comunidades, promovendo a produção de pequenas histórias animadas com os próprios alunos.

Além disso, o festival promove oficinas para a constituição de cineclubes em Pontos de Cultura da cidade. A formação contempla desde a história do movimento cineclubista no Brasil até técnicas práticas de exibição, curadoria, divulgação e sustentabilidade. Um verdadeiro passo para consolidar o cinema como instrumento comunitário e permanente.

Uma plataforma do Brasil para Aparecida

Em um momento em que o audiovisual brasileiro busca conexão com seus públicos, o Festival Curta Aparecida representa um sopro de resistência e invenção. “O festival se coloca como uma plataforma do Brasil para Aparecida de Goiânia”, afirmam os organizadores, destacando a potência das produções locais e a importância de democratizar o acesso à cultura.

Mais que um evento, o Curta Aparecida é um manifesto: o cinema pode – e deve – ser vivido por todos. E em Aparecida, ele pulsa com a força de quem cria, compartilha e transforma.

Destaques da Mostra de Cinema

Durante os três dias de exibição, o público poderá conferir obras que se destacam pela força narrativa, inovação estética e profunda conexão com temas sociais e existenciais.

14 de maio - 4ª feira – Mostra Documentário e Ficção

Confluências (PI) – Direção: Dacia Ibiapina e Antônio Bispo dos Santos
Um mergulho sensível nos festejos e saberes do quilombo Saco-Curtume, no Piauí, com a poética filosófica de Nêgo Bispo.

Como chorar sem derreter (RJ) – Direção: Giulia Butler
Uma fábula delicada sobre emoções reprimidas e afeto, em que uma menina cria uma máquina para resgatar a capacidade de chorar de sua companheira de casa.

Deixa (RJ) – Direção: Mariana Jaspe
Com Zezé Motta no papel principal, o filme acompanha Carmen em seu último dia de liberdade antes da volta do marido da prisão.

15 de maio – 5ª feira - Mostra Aparecida e Regional

Luis (MA) – Direção: Hsu Chien
Um retrato emocionante da vida de Exu Pereira, um brasileiro comum que transforma adversidades em esperança com fé e humor.

Terrão – Paixão pela Várzea (GO) – Direção: Pedro Fernandes
O futebol amador ganha protagonismo neste documentário que celebra a várzea como espaço de resistência e identidade em Aparecida de Goiânia.

16 de maio – 6ª feira - Mostra Experimental e Animação

Memórias da Desindustrialização (SP/Chile)
Uma reflexão visual e filosófica sobre os impactos da desindustrialização e os caminhos do capitalismo contemporâneo.

A arte de morrer ou Marta Díptero Braquícero (PB) – Direção: Rodolpho de Barros
Um encontro improvável entre duas moscas em um restaurante abandonado revela sentimentos de abandono, solidão e humanidade.

Balada para Raposo Tenório (GO) – Direção: Samuel Peregrino
No interior da Capitania de Goyaz em 1850, a chegada de um forasteiro perturba a paz de um arraial e desencadeia temores ancestrais.

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