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Geral Genética

Seleção genética é chave para o aumento de produtividade na pecuária

O Nesse artigo o José Luiz Moraes Vasconcelos fala da importância a respeito do tema

13/03/2025 09h40
Por: Redação Fonte: Texto Comunicação Corporativa
José Luiz Moraes Vasconcelos (foto), professor aposentado da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), de Botucatu (SP)
José Luiz Moraes Vasconcelos (foto), professor aposentado da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), de Botucatu (SP)

Por José Luiz Moraes Vasconcelos, *professor aposentado da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), de Botucatu (SP)

O crescimento populacional contínuo impõe desafios significativos aos países, especialmente no que diz respeito ao aumento da produtividade alimentar. Entre 1994 e 2024, a população mundial cresceu 45%, passando de 5,6 bilhões para 8,1 bilhões de pessoas, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). A projeção é de que, até 2054, o mundo abrigue 10 bilhões de pessoas. O que isso significa para a pecuária? O desafio de produzir mais carne e leite. Para isso, é essencial que o pecuarista adote tecnologias que impulsionem a produtividade.

Para que a pecuária brasileira atenda de forma eficaz à crescente demanda global por alimentos, é fundamental investir em animais com maior capacidade produtiva, ou seja, com genética superior. Contudo, esses animais, naturalmente mais produtivos, exigem manejo mais rigoroso e detalhado. Quando um pecuarista decide investir em genética no seu rebanho, ele precisa estar ciente de que os investimentos serão maiores, incluindo melhorias no pasto e em outros aspectos do manejo, para que o potencial produtivo dessa genética seja plenamente explorado.

Além da alimentação de qualidade, os investimentos gerais na propriedade aumentam com a adoção de genética superior, o que inclui mais dedicação dos funcionários e o cumprimento das exigências impostas pelo rebanho. No entanto, esse investimento se reflete em maior rentabilidade, diluindo o custo por quilo da carne e do leite produzidos, o que, por sua vez, aumenta a rentabilidade do produtor e contribui para a segurança alimentar global.

A seleção genética de bovinos é, sem dúvida, uma poderosa ferramenta para garantir a segurança alimentar no futuro. O primeiro passo para o pecuarista é entender o que deseja melhorar em seu rebanho. Quais características produtivas ele quer enfatizar: maior desempenho, fertilidade, eficiência alimentar ou aptidão para confinamento? Essas são apenas algumas das inúmeras possibilidades. É interessante observar que hoje existem no mercado muitos touros com excelente genética para várias dessas características.

Após essa definição, a propriedade rural precisa operar de maneira integrada, garantindo que as condições ideais para que os animais expressem seu potencial genético sejam atendidas. Isso inclui, principalmente, alimentação de boa qualidade e em quantidade adequada, além de outros fatores importantes de manejo. Se as condições não forem ideais, o desempenho do rebanho pode ser menor do que o esperado, impactando diretamente a reprodução e a produtividade.

Capitalização dos produtores – No Brasil, um dos grandes desafios dos pecuaristas é ter as condições necessárias para que todos possam investir em genética. Embora o investimento inicial para introduzir essa ferramenta na propriedade não seja elevado, os custos relacionados à manutenção das condições ideais para a expressão da genética aumentam o custo total, o que dificulta a adoção dessa tecnologia por muitos pecuaristas. Além disso, a seleção genética é um investimento com retorno certo, porém de longo prazo, o que desestimula especialmente os produtores com menor capital.

Um plano de extensão bem estruturado para tornar essa tecnologia acessível aos pequenos pecuaristas poderia ser um divisor de águas, acelerando a produtividade de carne e leite no país. Também é essencial investir na permanência das famílias no campo, evitando o êxodo rural, que enfraquece o setor.

Ferramentas que permitam o aumento da renda do produtor são estímulos para manutenção da família como produtores. Muitas vezes, quando o produtor falece, a família abandona a atividade e se muda para a cidade, o que resulta na perda de conhecimento e continuidade do negócio.

Inseminação artificial: a biotecnologia que impulsiona a pecuária – Por fim, a inseminação artificial continua sendo uma biotecnologia reprodutiva fundamental para esse avanço. Ela permite a inserção e replicação rápida da genética melhoradora no rebanho, de maneira eficiente e saudável. Segundo o Índice da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), 9,2 milhões de doses de sêmen foram utilizadas na pecuária leiteira e de corte nos primeiros seis meses de 2024, com o objetivo de aprimorar o rebanho. Esse número demonstra que os pecuaristas já reconhecem os benefícios da genética para a atividade, mas ainda há um vasto potencial de crescimento para alcançarmos as metas de produção de alimentos necessárias para um mundo mais saudável e seguro para as gerações futuras.

Irvin Dias

Texto Comunicação Corporativa

 
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