Por Mariana Corneta Ferreira De Alcântara
As eleições parlamentares da Alemanha marcaram uma virada na política do país. O partido de centro-direita União Democrata-Cristã (CDU) venceu o pleito com 28,6% dos votos, garantindo ao líder Friedrich Merz a missão de formar um novo governo e substituir o atual chanceler Olaf Scholz. A grande surpresa ficou por conta do desempenho da extrema-direita: a Alternativa para a Alemanha (AfD) conquistou 20,8% dos votos, seu melhor resultado na história, consolidando-se como a segunda maior força política do país. O Partido Social-Democrata (SPD), de Scholz, sofreu uma derrota significativa e ficou em terceiro, enquanto os Verdes terminaram em quarto lugar.
A nova configuração do Bundestag pode levar a mudanças profundas nas políticas migratórias, econômicas e energéticas da maior economia da Europa. A CDU, tradicionalmente favorável à austeridade fiscal e ao fortalecimento do setor industrial, terá que lidar com um cenário de recessão e alta no custo da energia. A AfD, por sua vez, defende medidas mais rígidas contra a imigração, além do fim do apoio militar à Ucrânia, o que pode gerar tensões dentro da União Europeia e nas relações com os Estados Unidos.
A professora de Relações Internacionais do Instituto Mauá de Tecnologia, Carolina Pavese, pode analisar o impacto dessa nova configuração política para a Europa e o cenário global.
A queda do SPD e o crescimento da extrema-direita sinalizam um deslocamento do eleitorado alemão para posições mais conservadoras e nacionalistas, o que pode influenciar diretamente o futuro da União Europeia e da geopolítica mundial. A postura do novo governo em relação à guerra na Ucrânia, a dependência energética e as alianças internacionais serão decisivas para os próximos anos. O que esperar da nova liderança alemã e como isso pode afetar o equilíbrio de forças na Europa e no mundo?
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