O mercado de armazenamento e conservação de grãos no Brasil enfrenta desafios complexos que acompanham o crescimento acelerado da produção nacional de milho e soja. Segundo o Ministério da Agricultura e Embrapa, a previsão é de que o setor produtivo aumente cerca de 27% em dez anos. Contudo, o déficit de capacidade de estocagem tem imposto perdas quantitativas e qualitativas, impactando diretamente os armazenadores e produtores, que lidam com desafios para garantir a qualidade dos grãos e reduzir o desperdício. Nesse contexto, soluções como os aditivos antifúngicos têm se destacado como uma estratégia eficaz e sustentável, ajudando a combater fungos e a preservar o valor dos grãos por períodos mais longos.
Bruno San Giacomo (foto), Gerente Regional de Grãos na Kemin, aponta que a conservação de grãos demanda uma atenção minuciosa com relação à presença de fungos e micotoxinas, especialmente no caso do milho, mas também podendo afetar na qualidade da soja armazenada. “As contaminações de campo e o armazenamento de grãos com teor de umidade elevado são fatores críticos, agravados por dificuldades operacionais ou físicas de equipamentos como secadores e ventiladores. Esse microambiente criado é ideal para o desenvolvimento de alguns tipos de fungos, que aumentam o risco de concentrações de micotoxinas, comprometendo a qualidade dos grãos armazenados”, explica.
Historicamente, as soluções antifúngicas eram comumente utilizadas na fabricação de rações, objetivando um aumento de “shelf life” do produto acabado, enquanto inseticidas preventivos e curativos já vinham sendo aplicados há muitos anos diretamente nos grãos armazenados. Porém, com as demandas atuais de armazenamento, a adoção de soluções preventivas de controle fúngico tornou-se uma importante ferramenta para evitar contaminações no início do processo de armazenagem, preservando melhor as características dos grãos. “Os aditivos antifúngicos oferecem benefícios diretos e indiretos no processo de conservação, desde a redução de perda de umidade e estabilização da densidade até a diminuição das concentrações de micotoxinas e a manutenção da energia disponível no grão, o que melhora consideravelmente a qualidade e durabilidade da matéria prima estocada”, detalha Bruno.
A Kemin, em parceria com universidades e empresas do setor, tem investido em protocolos de testes nacionais e internacionais que comprovam a eficácia dos aditivos antifúngicos na preservação da qualidade dos grãos. “Com a criação de um banco de dados robusto, estamos oferecendo ao mercado brasileiro soluções que não só atendem aos desafios de qualidade e segurança, mas também incorporam aspectos sustentáveis ao processo de armazenamento”, afirma o especialista. Ele destaca que, ao reduzir a pressão microbiológica, os aditivos antifúngicos possibilitam a armazenagem de grãos com um sensível aumento no teor de umidade e ajudam a minimizar a variação de temperatura interna nos armazéns.
Além disso, Bruno ressalta o compromisso da Kemin em desenvolver novas soluções para o setor, especialmente focadas na sustentabilidade. “Nossa equipe discute continuamente maneiras pelas quais os aditivos podem contribuir para práticas mais sustentáveis no mercado de armazenamento de matérias-primas. Essa visão não só fortalece a qualidade da conservação dos grãos, mas também mantém o Brasil em posição de destaque como um dos principais fornecedores internacionais de alimentos.”
A inovação no setor de armazenamento de grãos passa, portanto, por uma atualização constante em técnicas e tecnologias que favorecem a conservação e diminuem as perdas. Com o aumento das exigências por um manejo mais eficiente e sustentável, o uso de aditivos antifúngicos consolida-se como uma estratégia essencial para atender tanto às necessidades produtivas quanto às exigências de qualidade e sustentabilidade do mercado de grãos.
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