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4º IPADÊ: Encontro de Maracatu no Cerrado acontece em Pirenópolis

O ponto alto da programação é o cortejo pelo centro histórico da cidade no domingo (27)

25/10/2024 10h30
Por: Gideone Rosa Fonte: Verbo Nostro
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Evento dedicado ao estudo e preservação do Maracatu de Baque Virado da Nação Porto Rico (Recife/PE) começou nesta quinta-feira (24) e segue até o próximo domingo (27 ), oferecendo uma programação diversificada com oficinas de ritmo e dança, roda de conversa, apresentações e shows. O ponto alto da programação é o cortejo pelo centro histórico da cidade no domingo (27), a partir das 16h, com todos os grupos e convidados e regência do Mestre Chacon e oficineiros da Nação Porto Rico. A participação do público é aberta e gratuita

Pirenópolis (GO), 24 de outubro de 2024 – Começou em Pirenópolis (GO) nesta quinta-feira, 24 de outubro e segue até o próximo domingo (27) o “4º IPADÊ: Encontro de Maracatu no Cerrado”. O evento valoriza um dos ritmos musicais e da dança mais antigos do Brasil, o Maracatu Nação ou Maracatu de Baque Virado. As atividades acontecem no Ponto de Cultura COEPi (Comunidade Educacional de Pirenópolis), que fica na Rua do Carmo, s/n, no Bairro do Carmo e terão fechamento no domingo com cortejo pelo centro histórico da cidade, a partir das 16h. A participação do público é  aberta e gratuita.

O encontro tem a proposta de trazer o Maracatu, que nasceu em Pernambuco no nordeste brasileiro, ao centro-oeste, com uma programação intensa reunindo oficinas de ritmo e dança, roda de conversa, apresentações e shows. Desde a sua primeira edição, no ano de 2021, o IPADÊ tem como principal objetivo pesquisar e difundir o ritmo musical, que é uma fonte de saber de vários grupos espalhados pelo Cerrado.

“Hoje, o Maracatu de Baque Virado está presente em todo Brasil e em muitos países, e em Goiás não poderia ser diferente. O IPADÊ (encontro em yorubá) vem compor a rota de eventos e encontros dedicados ao estudo e à pesquisa dessa tradição, reunindo diversos grupos percussivos e músicos da região e já fazendo parte do calendário anual de atividades da COEPi”, explica Juliana Bernardes coordenadora do Maracatu Baque de Rocha e idealizadora do encontro. Ela atua com essa manifestação artística desde 2010.

Programação variada

Acontecem nesta quinta (24) e sexta-feira (25), as oficinas de ritmo (às 9h e às 14h) e serão comandadas por uma equipe seleta de batuqueiros nascidos e criados na Nação Porto Rico, juntamente com o Mestre Chacon, que participa da tradicional roda de conversa “Na Gira com o Mestre”, com as presenças de Mãe Dora de Oyá e Mestra Martinha do Coco com o tema “Samba e Ancestralidade”.

O 4º IPADÊ ainda traz uma série de apresentações com os grupos filhos da Nação Porto Rico da região: Baque de Rocha (Pirenópolis/GO), Semente de Buriti (Cavalcante/GO), Leão do Cerrado (Alto Paraíso/GO), Tambores do Amanhecer (Planaltina/DF) e ainda o Baque Trinca Ferro (Anápolis/GO) que traz toda sua diversidade rítmica com Mangue Beat, Coco e Ciranda.

Os shows ficam por conta do Afoxé Ogum Pá (Brasília/DF), Nação Porto Rico (Recife/PE) e Martinha do Coco (Paranoá/DF). Segundo Juliana Bernardes, o ponto alto do evento será o cortejo [já tradicional na cidade] pelo Centro Histórico no domingo (27), a partir das 16h, com todos os grupos e convidados e regência do Mestre Chacon e oficineiros da Nação Porto Rico.  A concentração será no Quintal do Chiquim (Rua das Lojinhas) e o trajeto segue pela cidade até chegar na Praça do Coreto, depois atravessa a Ponte do Carmo (madeira) até o Largo Beira Rio encerrando o cortejo. “Uma celebração com todo o axé possível de se reunir no coração do Brasil. Para vivenciar a força do Maracatu, nada melhor do que sentir a pulsação dentro da gente, subindo as ladeiras ao som de todos os tambores juntos.” resume a coordenadora do evento.

Toda a programação é gratuita e o local conta com acessibilidade para cadeirantes, idosos e intérprete de LIBRAS, com cobertura para chuva e barraquinhas de comidas.  O IPADÊ é uma realização do Ponto de Cultura COEPi e do Maracatu Baque de Rocha e viabilizado pela Lei Federal Paulo Gustavo através do Governo do Estado de Goiás.

Maracatu de Baque Virado

Hoje permeando todo o território brasileiro e outros países, o Maracatu de Baque Virado é uma manifestação do folclore brasileiro que envolve dança e música. A sua origem remonta a época do Brasil Colonial e consiste em uma mistura das culturas africana, portuguesa e indígena. Trata-se de uma expressão genuinamente brasileira e criada no estado de Pernambuco, nas cidades de Olinda, Recife e Nazaré da Mata.

O Maracatu ainda possui características únicas como a presença da religiosidade, oriunda das religiões africanas; as danças elaboradas, junção da dança e música; figurinos coloridos e extravagantes e a mistura das três culturas que permeavam o Brasil no século 18.

Há dois tipos de Maracatu, o Nação e o Rural. O mais antigo dos dois, o Nação ou o Baque Virado, como tornou-se conhecido, é apresentado em cortejo com condução de bonecas negras feitas de madeira e ricamente vestidas, chamadas de Calungas. Elas são carregadas pelas damas do Paço e, apesar da sua importância, o Rei e a Rainha é que são os personagens principais da festa, já que é relacionada à coroação dos reis do Congo.

Já o Maracatu Rural ou Baque Solto, é típico de Nazaré da Mata, localizado na Zona da Mata de Pernambuco. Sua origem vem depois do Nação e seus participantes são basicamente trabalhadores rurais. A figura mais importante neste tipo de estilo é o Caboclo de Lança. Nesta modalidade artística, o integrante se veste de forma bastante característica, com um grande volume de fitas coloridas na cabeça, gola coberta de lantejoulas e uma flor branca pendurada na boca.

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