“São fenômenos que estão ocorrendo e que todos nós teremos de nos adaptar", destaca especialista do Inmet
Três dias seguidos com 7% de umidade do ar. O fato de Goiás estar enfrentando, nesta semana, além do calorão, o tempo extremamente seco, é uma situação inédita.
É o que garante a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em Goiás, Elizabete Alves Ferreira, que sustenta que o recorde coloca uma nova perspectiva em relação à mudança, para menos, do ponto de corte de avaliação para 5%.
“A medição está em 7% porque consideramos o nível o mais crítico medido. Trabalhamos com esse valor em termo de validação instrumental”, explica, complementando que, embora não seja o caso de Goiás, é possível a umidade do ar chegar a níveis mínimos de 1% ou menos.
Elizabete reafirma a atuação da onda de calor atual até a próxima semana. “São fenômenos que estão ocorrendo e que todos nós teremos de nos adaptar, inclusive a área técnica da Organização Meteorológica Mundial para avaliar essa mudança de perspectiva”, disse.
Perspectiva de melhora
A especialista reforça que a partir desta sexta-feira (06) a onda de calor vai dar uma trégua, diminuindo dois graus dos cinco atuais que estão acima da média e umidade do ar entre 15 e 20%.
“Irrisório e pouco perceptivo quando deixaremos de ter temperaturas perto dos 40°C para ter um pouco mais de 35°C”, lembra.
Já sobre a possibilidade de chuva no estado, a expectativa é que chegue só na segunda quinzena de setembro. “Entre os dias 16 a 19 na região Sudoeste, mas ainda está distante e é preciso avaliar na próxima semana”, avaliou a meteorologista.
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