Por DC Mello
Pouco se sabe sobre essa mulher. No entanto e Escritor Basileu França a entrevistou, quando ela discorreu sobre os negros em Jataí e outros assuntos do interesse do Professor. Por sua dedicação ao bem estar de seus amos, Tia Justina se transformou numa espécie de gerente das coisas a sua volta, principalmente na ausência de seus tutores. Além de doceira e cozinheira de mão cheia era parteira e muito procurada. Ao longo de sua vida trabalhosa, quebrou uma das pernas e isso a manteve inválida por alguns anos. Tia Justina nasceu em 21 de abril de 1841 e faleceu em Jataí em 28 de maio de 1945 com 104 anos de idade.
Em 1931, essa idosa senhora pediu à Prefeitura para isentá-la de impostos municipais devidos por ela e já em atraso, em virtude de seu estado de pobreza, pouca saúde e avançada idade. Como era analfabeta o requerimento foi feito pelos senhores Olympio Guimarães Toledo e José Gedda. O prefeito Manoel Balbino de Carvalho ordenou que se tornasse sem efeito a cobrança de seus débitos existentes e ainda que a excluísse da relação dos contribuintes. Outro documento em poder da Prefeitura registra o pagamento de C$ 20,00 (vinte cruzeiros) efetuado pelo Prefeito em exercício, Epaminondas Vieira Cunha, pagando uma sepultura rasa para Tia Justina.
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