Alta demanda de profissionais e falta de mão de obra qualificada têm levado empresas a valorizar conhecimentos adquiridos em cursos livres focados na prática, segundo especialista
Compras, pagamentos, reuniões, cursos, jogos. Atividades que hoje em dia podem e são realizadas de maneira on-line e de qualquer lugar, bastando apenas o acesso a um smartphone. E para que as pessoas tenham acesso a todas essas funcionalidades oferecidas pela tecnologia, existe uma categoria de profissionais que está sendo bastante disputada no mercado de trabalho: os profissionais de Tecnologia da Informação (TI), em especial os desenvolvedores (os devs) ou programadores, como também são conhecidos. Um levantamento da plataforma Catho mostra que a procura por programadores teve um crescimento de até 517% em 2020 em relação a 2019.
“Desde a criação de um site que irá permitir que lojas físicas se tornem e-commerces até automação e processos internos que aumentem a eficiência da empresa dependem das habilidades de um desenvolvedor. São eles que criam todas as plataformas utilizadas para qualquer tipo de negócio no ambiente virtual”, comenta Hugo Rosso, diretor de operações acadêmicas da Digital House. De acordo com um levantamento da Vulpi, plataforma de recrutamento de profissionais de TI, a média salarial dos desenvolvedores pelo País gira em torno dos R$ 5 mil, variando entre R$ 4 mil para um profissional em início de carreira até ganhos acima de R$ 15 mil para cargos de liderança.
Apesar da grande procura e dos bons salários, falta mão de obra qualificada no mercado e muitas empresas têm dificuldades para preencher as vagas. Isso porque no Brasil são formados 46 mil profissionais de tecnologia por ano, número inferior à demanda atual que, segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), deve ser de 420 mil profissionais até 2024. “Esse déficit acaba impactando e limitando o desenvolvimento do mercado digital e o crescimento de empresas, além de diminuir a competitividade em longo prazo”, avalia Rosso.
Um detalhe importante em relação aos desenvolvedores, já observado pelas organizações, de acordo com Rosso, é que a maioria não aprende programação nos cursos universitários e sim por outros meios, como em cursos livres que oferecem um conhecimento mais técnico. Por conta disso, é grande o número de empresas que já não exigem diploma universitário para a contratação de profissionais de TI. Algumas, inclusive, têm apostado em iniciativas de capacitação de pessoas para ocupar as vagas ociosas.
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