Por Keithe Amorim de Souza
O feminicídio praticado contra Giselle Evangelista, de 38 anos, servidora do Tribunal de Justiça em Goiânia, morta por asfixia, barbaridade essa praticada por aquele que ela tinha como "companheiro", reafirma a condição que teima em prevalecer, a do não enfrentamento às raízes dessa violência extrema, que continua a não estar no centro do debate público com a intensidade e profundidade necessárias.
José Carlos, namorado de Giselle, suposto autor do crime, é a expressão fatal das diversas violências que podem atingir as mulheres em sociedades marcadas pela desigualdade de poder entre homens e mulheres e por construções discriminatórias.
Giselle é a expressão da subjugação máxima da mulher por meio de seu extermínio.
Nenhuma mulher está submetida à invisibilidade e, portanto, não pode e não deve ser tratada como uma coisa que o homem possa usar, gozar e dispor.
Nessa noite de sábado a Polícia Civil de Goiás, instituição que amo, por meio da DIH, GT3, DEFRVA e CMIT, prenderam esse animal, que certamente buscará arguir arrependimento, mas nada disso será capaz de alterar o resultado penoso e impossível de ser revertido.
Que Giselle não sirva apenas para entrar nas estatísticas tão amplamente divulgadas, com diagnósticos de uma "doença" para a qual insistimos em não encontrar a cura.
Fonte: Facebook
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